Saturday, May 31, 2014

A vida por um fio. (Marcos Ziemann)




Livro escrito por um amigo que está dando a volta por cima de tudo que ocorreu em sua vida. Muito interessante, ele mesmo escreveu de forma extremamente objetiva e de tão ligeira que é a leitura, pareceu uma letra de música do Legião Urbana. Pois assim como as letras da banda, a leitura do livro faz com que pareça que você está por exemplo escutando “Faroeste Caboclo”.
Ele hoje é crocheteiro e estudante universitário, dei os livros de presente para minha mãe, minha irmã, minha vó e também minha sogra. Mas até agora nenhuma delas comentou nada do livro comigo. Parabenizo pela coragem de ter escrito e exposto suas fraquezas, enxergo isso como uma ajuda a quem está tomando ou tomou essa direção da vida.

O Diário de Anne Frank





Uma leitura muito boa, pois descreve muitos pormenores da vida privada dos judeus escondidos durante o regime nazista. Descreve tudo isso de modo natural costurando com a vivência da garota de 13 anos. Pode-se dizer ser uma autobiografia, dando ao leitor mais veracidade da temática e fazendo com que o mesmo se sinta dentro do esconderijo da Anne.
Recomendo principalmente aos jovens a leitura, mesmo sabendo que todas as idades gostarão. Mas é interessante o fato da fácil identificação do leitor com a personagem, pois ela aborda seus conflitos familiares, suas angústias, paixões e também seu cotidiano.
Além de ser uma história verídica, também é um relato histórico dos horrores do nazismo. Mas como é escrito por uma jovem, a sua leitura se torna mais dinâmica e sem tantos rodeios. Foi escrito em forma de diário, o que serviu de desabafo e amadurecimento da personagem.
Particularmente gostei muito e entendo o porquê de sua alta vendagem e também de sua classificação merecida como clássico.

Tuesday, May 6, 2014

Minhas terapias ocupacionais...

       O artesanato, o desenho e também a minha horta me fazem muito bem. Me tiram toda a carga de stress.

Um pouco sobre violência...

        Sobre a violência no Brasil hoje existem muitas hipóteses tanto para as causas, como também para as soluções. Mas não podemos negar que ela não exista, ou que a mídia esteja dando muita ênfase. Não muito pelo contrário a violência por aqui sempre existiu, e devemos desnaturalizá-la de nossas práticas sociais e culturais. E aí já será um grande começo.
A boa educação e o saneamento básico, podem ajudar a evitar, mas não é tudo pois vemos pessoas de classes sociais dominantes com bom estudo e sem passar necessidade, cometendo crimes bárbaros. A religiosidade, também não serve de atestado de boa conduta, pois observa-se muita encenação de práticas religiosas e não o envolvimento como um todo do sujeito. Também deve-se lembrar que países como a Noruega, Suécia e Islândia com altos índices de ateus entre a sua população, fechando os presídios por falta de criminosos.
         Vivemos ainda numa sociedade machista patriarcal a qual ainda julga por muitas vezes a vítima de estupro, como culpada também. Uma sociedade que acha que ser mãe é profissão, e que não cabe ao homem também a criação dos filhos. A sociedade está desacreditando nas decisões judiciais e com isso busca fazer a “justiça com as próprias mãos”. Enfim, estamos presenciando muitas mazelas, causadoras de violência em nosso país e pergunto, o que estamos fazendo para mudar.
Estamos aplaudindo um torneio esportivo de nível mundial o qual apenas homens jogam e tem chances de faturarem milhões. Estamos dando apitos ou agulhas para as mulheres se protegerem de “encoxadores” e estupradores, ao invés de dar-lhes uma faca e trainamento de auto-defesa. Estamos reproduzindo e acentuando cada vez mais as diferenças entre os gêneros, aos invés de aprendermos a coexistir e respeitarmos como pessoas.
        Pois é, esse assunto é muito delicado e complexo. Mas não podemos fingir que isso não existe e que não é problema nosso. É problema de todos nós, e isso respinga na vida de todos. Ficando aqui, uma reflexão pouco profunda de algumas causas da violência. Pois são muitas e cada uma merece ser discutida em sua particularidade, devido ao seu contexto.

Não vivemos no País das Maravilhas da Alice.

       A consciência dos reais problemas de nossa sociedade e também de nosso meio é importante, para que possamos fazer as reformas e as transformações necessárias. Fingir que os problemas não existem, não é a solução. Assim também como ver apenas o lado positivo das coisas e das pessoas, pode nos iludir sobre os problemas.
       As pessoas positivas por vezes se enganam com apenas as qualidades, mas os defeitos também devem ser ponderados. Não digo aqui para sermos pessimistas inveterados, mas sim para sermos realistas, se existem problemas não se pode fingir que os mesmo não existem ou não incomodam. Arregaçar as mangas e trabalhar para resolver o problema, é difícil, mas deve-se tentar. E se por algum motivo houver fracasso, devemos reconhecer e pedir ajuda, para que o problema não incomode mais a nossa vida e tampouco a sociedade.
       A vida, eu sei, esta não possui fórmula mágica. Mas ela deve ser vivida e devemos aceitar as flore e as agruras da mesma. Assim como também devemos ter maturidade para lidar tanto com o sucesso, como também com o fracasso. É importante sabermos que o sucesso, não se faz apenas de coisas boas, mas também de muito trabalho árduo e nem todos estão preparados. Apenas querem colher os louros do sucesso.
       Para quem vive no “país das maravilhas”, é bom acordar o quanto antes. Pois uma hora não há como manter a ilusão na mente e o consciente e também o emocional da pessoa desmorona e aí meu amigo, fica mais difícil ainda lidar com a realidade. Mais ou menos assim, não podemos fingir que a pedra não esteja no caminho, ela está lá. Se tropeçar, machuca. Então devemos, sim ver a pedra e decidir a nossa atitude.