Wednesday, June 11, 2014

A desobediência civil (Henry Davis Thoreau)

           O livro foi escrito em 1849, nos Estados Unidos da América, tão distante historicamente do nosso contexto atual, mas muito próximo os problemas por ele levantado e também os questionamentos. Devemos ler, mas ler com atenção e com a devida reflexão por ele sugerida. Trata-se de um livro curto e de fácil leitura, mas de profunda reflexão sobre impostos, Estado, governo e cidadão.
           É um livro que mexe com os conceitos sobre governo. A insatisfação de um cidadão em pagar impostos e também com as instituições sociais, como a igreja. A negação do pagamento dos impostos, se raciocinarmos, gerou mais gasto para o governo com a prisão do sujeito que por sua vez parou de produzir. Então até que ponto a lógica estatal está correta?
          O leitor consegue visualizar a indignação do autor por meio de sua vivência diária. Tendo em vista que o governo, no caso do Brasil, uma hora ou outra acaba esbarrando na burocracia estatal. A vida do cidadão, querendo ou não é toda normatizada pelo Estado, uma vez que este acaba tendo que arcar também com as consequências das escolhas individuais, então o mesmo assim sendo, possui o direito de intervir quando o custo será alto para ele.

Sunday, June 1, 2014

Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo.

       É um livro interessante e de leitura fácil, assim como os outros da mesma coleção. O mais bacana de tudo isso, é que faz com que o leitor busque enxergar os personagens históricos sob uma nova perspectiva. Rompendo assim com a imagem de mitos, cegamente criados pela historiografia.
        A escrita é fluída e recomendo inclusive para os alunos de nível médio. Mesmo sabendo do impacto de desconstrução de alguns conhecimentos. Mas é fundamental, para aprender-se que a História possuí vários vértices. Dependendo mesmo, o enfoque que se dá para cada característica de uma personagem, ele pode ser vilão ou mocinho.

Saturday, May 31, 2014

A vida por um fio. (Marcos Ziemann)




Livro escrito por um amigo que está dando a volta por cima de tudo que ocorreu em sua vida. Muito interessante, ele mesmo escreveu de forma extremamente objetiva e de tão ligeira que é a leitura, pareceu uma letra de música do Legião Urbana. Pois assim como as letras da banda, a leitura do livro faz com que pareça que você está por exemplo escutando “Faroeste Caboclo”.
Ele hoje é crocheteiro e estudante universitário, dei os livros de presente para minha mãe, minha irmã, minha vó e também minha sogra. Mas até agora nenhuma delas comentou nada do livro comigo. Parabenizo pela coragem de ter escrito e exposto suas fraquezas, enxergo isso como uma ajuda a quem está tomando ou tomou essa direção da vida.

O Diário de Anne Frank





Uma leitura muito boa, pois descreve muitos pormenores da vida privada dos judeus escondidos durante o regime nazista. Descreve tudo isso de modo natural costurando com a vivência da garota de 13 anos. Pode-se dizer ser uma autobiografia, dando ao leitor mais veracidade da temática e fazendo com que o mesmo se sinta dentro do esconderijo da Anne.
Recomendo principalmente aos jovens a leitura, mesmo sabendo que todas as idades gostarão. Mas é interessante o fato da fácil identificação do leitor com a personagem, pois ela aborda seus conflitos familiares, suas angústias, paixões e também seu cotidiano.
Além de ser uma história verídica, também é um relato histórico dos horrores do nazismo. Mas como é escrito por uma jovem, a sua leitura se torna mais dinâmica e sem tantos rodeios. Foi escrito em forma de diário, o que serviu de desabafo e amadurecimento da personagem.
Particularmente gostei muito e entendo o porquê de sua alta vendagem e também de sua classificação merecida como clássico.

Tuesday, May 6, 2014

Minhas terapias ocupacionais...

       O artesanato, o desenho e também a minha horta me fazem muito bem. Me tiram toda a carga de stress.

Um pouco sobre violência...

        Sobre a violência no Brasil hoje existem muitas hipóteses tanto para as causas, como também para as soluções. Mas não podemos negar que ela não exista, ou que a mídia esteja dando muita ênfase. Não muito pelo contrário a violência por aqui sempre existiu, e devemos desnaturalizá-la de nossas práticas sociais e culturais. E aí já será um grande começo.
A boa educação e o saneamento básico, podem ajudar a evitar, mas não é tudo pois vemos pessoas de classes sociais dominantes com bom estudo e sem passar necessidade, cometendo crimes bárbaros. A religiosidade, também não serve de atestado de boa conduta, pois observa-se muita encenação de práticas religiosas e não o envolvimento como um todo do sujeito. Também deve-se lembrar que países como a Noruega, Suécia e Islândia com altos índices de ateus entre a sua população, fechando os presídios por falta de criminosos.
         Vivemos ainda numa sociedade machista patriarcal a qual ainda julga por muitas vezes a vítima de estupro, como culpada também. Uma sociedade que acha que ser mãe é profissão, e que não cabe ao homem também a criação dos filhos. A sociedade está desacreditando nas decisões judiciais e com isso busca fazer a “justiça com as próprias mãos”. Enfim, estamos presenciando muitas mazelas, causadoras de violência em nosso país e pergunto, o que estamos fazendo para mudar.
Estamos aplaudindo um torneio esportivo de nível mundial o qual apenas homens jogam e tem chances de faturarem milhões. Estamos dando apitos ou agulhas para as mulheres se protegerem de “encoxadores” e estupradores, ao invés de dar-lhes uma faca e trainamento de auto-defesa. Estamos reproduzindo e acentuando cada vez mais as diferenças entre os gêneros, aos invés de aprendermos a coexistir e respeitarmos como pessoas.
        Pois é, esse assunto é muito delicado e complexo. Mas não podemos fingir que isso não existe e que não é problema nosso. É problema de todos nós, e isso respinga na vida de todos. Ficando aqui, uma reflexão pouco profunda de algumas causas da violência. Pois são muitas e cada uma merece ser discutida em sua particularidade, devido ao seu contexto.

Não vivemos no País das Maravilhas da Alice.

       A consciência dos reais problemas de nossa sociedade e também de nosso meio é importante, para que possamos fazer as reformas e as transformações necessárias. Fingir que os problemas não existem, não é a solução. Assim também como ver apenas o lado positivo das coisas e das pessoas, pode nos iludir sobre os problemas.
       As pessoas positivas por vezes se enganam com apenas as qualidades, mas os defeitos também devem ser ponderados. Não digo aqui para sermos pessimistas inveterados, mas sim para sermos realistas, se existem problemas não se pode fingir que os mesmo não existem ou não incomodam. Arregaçar as mangas e trabalhar para resolver o problema, é difícil, mas deve-se tentar. E se por algum motivo houver fracasso, devemos reconhecer e pedir ajuda, para que o problema não incomode mais a nossa vida e tampouco a sociedade.
       A vida, eu sei, esta não possui fórmula mágica. Mas ela deve ser vivida e devemos aceitar as flore e as agruras da mesma. Assim como também devemos ter maturidade para lidar tanto com o sucesso, como também com o fracasso. É importante sabermos que o sucesso, não se faz apenas de coisas boas, mas também de muito trabalho árduo e nem todos estão preparados. Apenas querem colher os louros do sucesso.
       Para quem vive no “país das maravilhas”, é bom acordar o quanto antes. Pois uma hora não há como manter a ilusão na mente e o consciente e também o emocional da pessoa desmorona e aí meu amigo, fica mais difícil ainda lidar com a realidade. Mais ou menos assim, não podemos fingir que a pedra não esteja no caminho, ela está lá. Se tropeçar, machuca. Então devemos, sim ver a pedra e decidir a nossa atitude.

Tuesday, April 29, 2014

Faça sua escolha: vítima ou protagonista.





                Vamos lá, começar a me contextualizar, para que você leitor possa compreender o meu raciocínio. Sou graduada em história e também em sociologia, estou em tratamento psicoterapêutico há uns quatro anos. E tanto a terapia, como as faculdades as quais eu cursei, me ajudam a observar o comportamento humano, que também me intriga e incomoda em algumas situações.
                Mas enfim, o que eu quero dizer quando questiono a pessoa se ela quer ser vítima ou protagonista de sua própria história? Eu sei que a vida de ninguém é fácil, todo mundo passa por seus momentos difíceis e de agruras, mas cabe a nós mesmos a decisão sobre utilizar essas dificuldades como desculpa, para que os outros tenham dó e piedade de nós. Ou se aceitamos que o que está feito não possui volta e acontece com todos e poderia ainda ter sido pior e assim seguir a vida adiante.
                Não que não possamos ter nossos momentos de luto ou tristeza, mas que isso não deverá ser a constante que nos impeça de sermos pessoas independentes e autônomas. Se olharmos a nossa volta teremos os dois exemplos de pessoas, com certeza é fácil fazer essa categorização. E o pior a pessoa que se faz de vítima, pouco que enxerga a dor alheia, pois é tão egoísta que acredita que apenas ela possui problemas e que a vida de quem é protagonista da própria vida é um mar de rosas.
                É interessante fazermos com isso também uma autoanálise e decidirmos pelo nosso protagonismo. Pois nesse mundo muita coisa é passageira e devemos ser fortes por nós mesmos.